segunda-feira, 28 de março de 2011

Estudantes fazem manifestação e ocupam prédio da reitoria da Uespi no Piauí



 
 
Por Jéssica Monteiro (da Uespi)
Anselmo Moura (da redação)

Um grupo de estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) ocupou na manhã desta segunda-feira (28) o prédio da reitoria da instituição. Eles protestam contra a adesão da universidade ao Enem, proposta que está sendo analisada pelo Conselho Universitário.
O ato também faz parte da série de protestos deflagrada na semana passada, a partir da paralisação dos professores da instituição. A Uespi enfrenta uma profunda crise financeira e estrutural. Com orçamento insuficiente, a instituição sofre com a carência de docentes, técnicos, biblioteca, salas de aula, laboratórios e até materiais de expediente, como papel, tinta para impressora e pincéis.
A ocupação da reitoria aconteceu quando uma comissão formada por cinco estudantes não foi recebida pelo reitor Carlos Alberto. Diante da recepção da reitoria, um segurança da universidade entrou na frente dos estudantes e impediu a passagem destes. Segundo o aluno Leonardo Maia, o segurança ameaçou o grupo com um cassetete e afirmou que se fosse necessário ele usaria de violência para frear os manifestantes.
Após a recusa do gestor, os alunos decidiram ocupar a sala. Uma das vidraças da porta foi quebrada durante o empurra-empurra entre seguranças e estudantes.
Dentro da reitoria, eles organizam a mobilização da comunidade acadêmica. Uma nova passeata pelas ruas de Teresina está programada para a próxima quarta-feira (30), novamente saindo do prédio da Facime e indo em direção ao Palácio de Karnak. A possibilidade de uma greve geral dos estudantes não está descartada. A proposta será avaliada em assembleia geral.
Professores
Ainda na manhã de hoje (28) os professores da Uespi decidiram em assembleia manter a paralisação da categoria para até a próxima sexta-feira (01), quando haverá uma nova reunião para deliberar sobre a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado.
Segundo o professor Antônio Dias, a decisão foi tomada a partir da insensibilidade por parte do Governo Estadual diante dos problemas da instituição. O docente informou que durante a assembleia foi feito uma conta simbólica. Se dividido por todos os cursos da Uespi, calculou a Associação dos Docentes (Adcesp), os R$ 77 mil repassados pelo governo para garantir o início das aulas resultam numa quantia irrisória para cada. “Cada curso ficaria com menos de R$ 100”, informa Graça Ciríaco, presidente da Adcesp.
Sobre a adesão da Universidade ao Enem, o professor Antônio Dias informou que o corpo docente acredita que o exame é duvidoso. Conteúdos fundamentais, como literatura, geografia e história piauiense, seriam excluídos da prova. “o Vestibular da Uespi tem um histórico de credibilidade. O Enem é um exame falho que precisa se consolidar. Nós, os professores, acreditamos que era necessário dialogar essa decisão, principalmente, com a comunidade acadêmica e a sociedade”, opinou Dias.
O reitor é alvo das manifestações tanto do corpo discente quanto docente. Mas os manifestantes compreendem que a autonomia financeira depende do governo e não da reitoria da instituição.

FONTE: CSP-CONLUTAS

Vídeo da ocupação da UESPI


E a luta continua.

Deu na imprensa: Estudantes invadem a reitoria da Uespi em protesto contra o Enem

O grupo quer participar da reunião do Conselho Universitário, que debate a proposta.


Um grupo de 100 estudantes invadiu a reitoria da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) em protesto a proposta de adesão da universidade ao Enem. Os manifestantes afirmam que só irão desocupar o prédio após serem recebidos pelo reitor Carlos Alberto Pereira.

Thiago Amaral/Cidadeverde.com



Os manifestantes fazem muito barulho dentro da sala para impedir que a reunião do Conselho Universitário, que delibera a adesão da instituição ao Enem aconteça.




Leonardo Maia, estudante de Comunicação, 24 anos, disse que é contra o Enem porque é uma disputa injusta por ser uma concorrência nacional.




O reitor Carlos Alberto havia prometido abrir o debate sobre a adesão com a comunidade universitária. Mas a votação acontece hoje, sem que o debate fosse realizado.




Os professores da insituição, que estavam reunidos no pátio deliberando sobre a continuação da paralisação, se uniram aos estudantes.

Os docentes definiram que a paralisação continua até sexta-feira.




Um grupo de manifestantes tentou invadir a reitoria da Universidade Estadual do Piauí e foi impedido por seguranças. Os estudantes, que estavam reunidos no pátio do CCE, querem participar da reunião do Conselho Universitário, que delibera sobre a proposta de adesão da instituição ao Enem. Os estudantes são contra.

O vice-reitor, professor Nouga Batista, saiu da reunião e está tentando acalmar os estudantes.

O grupo está protestando com faixas e carros de som e chegaram até a porta da reitoria, mas não conseguiram entrar.

Os professores da Uespi também estão reunidos neste momento. O encontro acontece no pátio do campus Torquato Neto. A assembleia geral dos professores vota a proposta de paralisação pelo período  de uma semana.


Deu na impresa: O grupo de estudantes da Universidade Estadual do Piauí ocupou a reitoria nesta segunda-feira

Um grupo de estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) ocupou a reitoria da instituição nesta segunda-feira, 28 de março, para protestar contra adesão da universidade ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Cerca de 100 estudantes fazim um ato público em frente à universidade quando decidiram invadir o prédio. Com faixas e palavra de ordem, os manifestantes pediram ao Conselho Universitário, que estava reunido, para não aprovar a adesão. A proposta da universidade é de destinar cerca de 30% das vagas do vestibular da Uespi para o Enem.
Na hora da invasão havia um segurança na reitoria que tentou impedir a entrada dos estudantes. Houve bate-boca, empurra-empurra, mas os manifestaram conseguiram ocupar o prédio.
Após seis horas de negociações, os estudantes resolveram desocupar o local. O reitor Carlos Alberto Pereira disse aos estudantes que vai suspender a pauta por 30 dias e debater o Enem com os professores e estudantes. Os alunos pediram também uma audiência com o governador Wilson Martins (PSB) para discutir a falta de estrutura no campus para o início do ano letivo.
Os estudantes marcaram novas manifestações para a próxima quarta-feira para forçar o governo a negociar com os universitários.
O estudante de jornalismo, Leonardo Maia de Alencar, 24 anos, um dos líderes do movimento, disse que o Enem cria uma disputa injusta que beneficiar os alunos de escolas privadas.
"Não houve debate com os estudantes e nem professores. O Enem é uma concorrência nacional que prejudica o estudante carente e de escolas públicas", disse Maia.
O reitor, por sua vez, disse que é uma tendência nacional das universidades aderirem ao Enem. No último vestibular, 28 mil alunos se inscreveram na disputa por uma vaga na Uespi. A universidade disponibilizou 3.580 vagas para 27 cursos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Deu na imprensa: Alunos protestam por melhorias na Uespi e fecham avenidas do Centro


Manifestação fechou o trânsito e terminou no Palácio de Karnak, em busca de audiência com governador. Texto: A- A+

Estudantes e professores da Universidade Estadual do Piauí - UESPI - fecharam avenidas de Teresina na manhã desta quinta-feira (24). Eles reclamam melhores condições para as aulas e foram ao Palácio de Karnak em busca de uma audiência. No entanto, ficaram mesmo do lado de fora. O governador Wilson Martins passou o dia em São Paulo.

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Os manifestantes usaram a criatividade para protestar. Vestiram roupas pretas e levaram velas e caixões para simbolizar o velório da instituição.

A passeata saiu da Faculdade de Ciências Médicas - Facime. O grupo fechou o cruzamento da avenida Frei Serafim com a rua Coelho de Rezende, uma das principais da cidade. Depois, bloqueou a avenida Antonino Freire, em frente ao Palácio de Karnak. 


O grupo cobra aumento no orçamento da verba para despesas da instituição. 

Em nota ao Jornal Cidade Verde, a Uespi informou que não se furta de suas obrigações e todos os campi estão preparados e equipados para receber os alunos. 

Imagens do movimento na UESPI





Deu na imprensa: Estudantes protestam para Uespi não aderir ao ENEM




Foguetes, apitaço, cartazes, buzina e palavras de ordem em discursos contra o governador Wilson Martins (PSB). 

Assim pode ser descrita a manifestação de estudantes em frente ao Palácio de Karnak na tarde desta terça-feira (21). 

Estudantes da Universidade Estadual do Piauí - UESPI - protestam contra a possibilidade da instituição abolir o vestibular e aderir ao ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio. 

Cerca de 500 estudantes se aglomeraram em frente ao Karnak e prometem realizar novos protestos até serem recebidos pelo governador. Eles coletaram duas mil assinaturas de discentes da UESPI e UFPI - Universidade Federal do Piauí -, além de estudantes secundaristas.
 
André Medeiros é estudante de História da Uespi e membro da Assembleia Nacional de Estudantes Livres - ANEL. Segundo ele, se o Enem for adotado, a concorrência vai aumentar e os conteúdos regionais irão sumir das provas.  

Os manifestantes criticam o governador, o secretário de Educação, Átila Lira, e o reitor da Uespi, Carlos Alberto Pereira. Todos teriam sido procurados pelos estudantes e se recusado a dialogar. Reitoria e Seduc podem ser palco das próximas manifestações.

Francisco Magalhães (flash do Palácio de Karnak)
Fábio Lima (da Redação)

Deu na imprensa: Alunos realizam 'reinvidicação' a adesão do Enem pela Uespi

Em seguida os manifestantes seguem para o campus Clóvis Moura para uma mobilização com alunos de lá

Após a Universidade Federal do Piauí aderir ao Enem, a Universidade Estadual também pretende aderir 100% as vagas ofertadas pelo Exame. Hoje às 16h houve um ato público dos secundaristas em frente ao Palácio da Karnak onde o Movimento Estudantil prestou apoio. Os estudantes de escolas públicas e particulares de Teresina, reinvindicaram a adesão do ENEM, como método de seleção para vagas de ensino superior, por parte da UESPI. Em seguida às 18h os manifestantes seguem para o campus Clóvis Moura para uma mobilização com os alunos de lá. O objetivo é destacar que com a adesão ao sistema do Enem, as vagas seriam ofertadas a todos os estudantes do país, não priorizando os do Estado do Piauí.
"O sistema ainda émuito falho e vamos deixar de estudar o que é nosso, prejudicando disciplinas como História e Geografia do Piauí", ressalta uma das líderes da manifestação, Paula Andrade.
Os estudantes organizaram a manifestação por meio do orkut. Na rede social uma comunidade intitulada "UESPI É NOSSA", une cerca de 2 mil estudantes em torno do mesmo ideal. "Queremos entrar em um acordo pacífico com o reitor e o governador, se não surtir efeito vamos iniciar um movimento mais radical", disse a estudante Vitória de Freitas.
As manifestações seguem ainda durante toda a semana. Na quinta-feira às 8h no campus da FACIME, que concentra os cursos da área de saúde haverá ainda outro ato público. Este será organizads pelos estudantes. Os secundaristas recebem apoio do Movimento Estudantil de alunos da UESPI, que também reivindicam melhorias na instituição.













Deu na impensa: Sem professores nem salas de aula, alunos da Uespi protestam no Piauí

Manifestação dos estudantes tomou conta das ruas de Teresina.
Professores entraram em greve por falta de material para dar aulas.

Do G1, com informações do Globo Notícia
 
Estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) protestaram nesta quinta-feira (24), em Teresina, contra a falta de professores e as más condições nos prédios da universidade. Os alunos saíram em passeata pelo centro da cidade. A falta de autonomia financeira é apontada como principal causa dos problemas. As aulas deveriam ter começado na segunda-feira (21), mas os professores entraram em greve para reivindicar melhores condições de trabalho.

Na segunda-feira, o reitor da Uespi se reuniu com governador do Estado, Wilson Martins, para discutir a atual situação da instituição. Durante a reunião foram abordados temas como estruturação dos 52 campi, além da reforma e ampliação do campus de Picos. Segundo o reitor Carlos Alberto Pereira da Silva, o prédio de Picos está retomando as obras, e para começar o ano letivo a Secretaria da Educação, juntamente com a Uespi, está disponibilizando algumas salas de um colégio estadual para que os alunos não tenham prejuízos com o atraso das aulas.

Prédio do campus de Picos foi interditado por obra mal feita no andar superior (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)Prédio do campus de Picos foi interditado por obra
mal feita no andar superior (Foto: Aleksandro
Libério/Arquivo pessoal)
Falta de material
Sem material básico para dar aulas como pincel, giz, lousa e apagador, os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) entraram em greve nesta segunda-feira (21), dia em que as aulas deveriam começar. A paralisação, segundo o sindicato da categoria, será por uma semana até a realização de uma nova assembleia. A situação mais grave é no campus de Picos, a 330 km de Teresina, onde, além de material, falta sala de aula para os alunos estudarem. O prédio da universidade foi interditado após problemas com uma reforma sob o risco de desabar.
A universidade tem 17 mil alunos espalhados em 52 núcleos pelo estado. A Uespi diz que já conseguiu junto ao governo do Piauí a liberação de R$ 77,5 mil para a compra do material de expediente, e garante ter condições para dar início às aulas.
De acordo com o Sindicato dos Docentes da Uespi, a adesão à paralisação é total em vários campus da universidade, nas cidades de Teresina, Picos, Parnaíba, União e Corrente. “Queremos as condições mínimas para entrar em sala de aula. Não temos condições materiais”, diz a professora de química Graça Ciríaco, presidente do sindicato, por telefone, ao G1. Tem lugar em que o reitor mandou dividir a sala com paredes de gesso, e nem quadro negro tem. Faltam giz, lousa, grampo, e até papel para imprimir a matricula.”
A pró-reitora de ensino de graduação da Uespi, Bárbara Olímpia Ramos de Melo, disse ao G1 que o motivo da paralisação dos professores já foi resolvido com a liberação da verba extraordinária por parte do governo e que o calendário acadêmico será mantido.
Carteiras amontoadas pelos corredores da universidade (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)Carteiras amontoadas pelos corredores da
Uespi (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)
Obra embargada
A instituição passa por uma série de problemas de infraestrutura. Na cidade de Picos, os alunos não podem ter aulas porque o prédio está interditado. Uma reforma mal feita para ampliação do prédio condenou toda a instalação.
“Fizeram salas enormes no andar de cima sem colunas de sustentação. O teto ameaça cair. Foi preciso interditar inclusive as salas da parte debaixo”, diz o estudante de direito Aleksandro Libério, um dos coordenadores do Diretório Central dos Estudantes. Segundo ele, a reforma começada há dois anos e deveria durar seis meses. "Chegamos a ter aulas com o risco da estrutura cair. A diretora decidiu nos tirar de lá para ninguém correr riscos."
A obra foi embargada em outubro do ano passado. A reitoria alugou salas em escolas particulares para os alunos estudarem, mas por falta de pagamento, as salas foram retomadas. De acordo com a universidade, um prédio público foi cedido para atender aos alunos, mas foi preciso adaptar as salas para receber e os alunos ficaram sem ter onde estudar.
Sem vigas de sustentação, teto do prédio em Picos ameaça cair (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)Sem vigas de sustentação, teto do prédio em Picos ameaça cair (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)
Fios soltos após interdição da obra (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)Fios soltos após interdição da obra (Foto:
Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)
“A situação é grave em Picos”, reconhece a pró-reitora da Uespi. “O dinheiro que o governo liberou não é para infra-estrutura. Há dois anos começou uma reforma no campus e tivemos alguns problemas. No ano passado pedimos vistoria do Conselho Regional de Arquitetura (Crea) e a obra foi condenada.” De acordo com Bárbara Olímpia, a Uespi tem seis obras paradas porque as construtoras não cumpriram os prazos.
Em Picos, a Uespi oferece os cursos de direito, administração, ciências contábeis, agronomia, ciências biológicas, geologia, enfermagem, computação, educação física, letras, pedagogia e jornalismo. Os alunos de Picos deverão ser divididos em três turmas para estudarem em espaços alternativos, como uma prédio que não foi embargado no campus, uma escola estadual e um edifício do governo.
Em nota publicada no site da Uespi, o reitor Carlos Alberto Pereira da Silva informa que “a verba necessária para o início das aulas foi repassada pelo governador do Estado Wilson Martins. E com relação à infraestrutura dos campus, o reitor vem medindo esforços junto ao Governo do Estado e através de emendas parlamentares dos deputados federais para a recuperação e estruturação dos mesmos”.
Falta de telhados e estrutura com problemas em Picos (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)Falta de telhados e estrutura com problemas em Picos (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal)

4° ASSEMBLEIA NACIONAL DA ANEL - CONFIRA A PROGRAMAÇÃO!


Belém do Pará recebe a 4° Assembleia Nacional da ANEL e prepara a organização da entidade para seu 1° Congresso Nacional!

PROGRAMAÇÃO:

SÁBADO - 26 de Março
9h: Mesa de Abertura

Temas – Conjuntura nacional, educação (moradia, assistência estudantil, MP 520 dos Hospitais Universitários), cortes no orçamento, combate às opressões, meio ambiente e usina de Belo Monte, presos políticos do Rio de Janeiro, transportes e passe-livre e 1º Congresso da ANEL.

Palestrantes:
DCE UFPA
DCE UEPA
DCE UFRA
DCE UFOPA
SINDITIFES
ANDES-PA
CSP Conlutas
Movimento Xingu Vivo
Comissão Executiva Estadual RJ
Comissão Executiva Nacional da ANEL.

13h: Almoço

14h: Grupos de Discussão
2 pontos de pauta:
Conjuntura e Temas abordados na mesa; 1º Congresso da ANEL.

19h: Jantar

20h: Festa – Carimbó.
DOMINGO - 27 de março
8h: Café da Manhã

9h: Debate sobre a Revolução Árabe

13h: Almoço

14h: Plenária Final

domingo, 20 de março de 2011

Um congresso livre!


LIBERDADE IMEDIATA AOS 13 COMPANHEIROS PRESOS NO ATO CONTRA A PRESENÇA DE OBAMA NO BRASIL!


Entre os 13 companheiros, há estudantes da ANEL, dirigentes da CSP Conlutas e militantes do PSTU e do PSOL

MANIFESTO ESTUDANTIL
Liberdade imediata para os 13 companheiros presos na manifestação contra a presença de Obama no Brasil!
No dia 18 de março, cerca de 400 manifestantes foram às ruas do Rio de Janeiro protestar contra a presença de Obama no Brasil, por entender que o presidente norte americano é o principal agente do imperialismo, por repudiar seus objetivos de ampliar o terreno para instalação das multinacionais e por defender o pré sal como um recurso do povo brasileiro.

De forma totalmente desequilibrada, a polícia reprimiu a manifestação que se desenvolvia de maneira pacífica e prendeu 13 ativistas, que seguem presos e estão sendo acusados de crimes inafiançáveis.

Não é possível que vivamos no Brasil este tipo de situação. Milhares de homens e mulheres deram suas vidas se enfrentando com a ditadura militar e lutando em defesa da liberdade de organização e de manifestação.

Nós, estudantes brasileiros temos orgulho desta história e conclamamos a todas as organizações sociais, entidades e autoridades de nosso país que movam o esforço possível para que esses 13 companheiros sejam soltos imediatamente, sem nada constar em seus antecedentes, preservando, assim, o direito democrático de livre organização e manifestação.

ASSEMBLEIA NACIONAL DOS ESTUDANTES - LIVRE

sábado, 19 de março de 2011

Nota da ANEL/PI sobre a Paralisação dos Professores e Técnicos da UESPI


ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES DA UESPI
DIA 21/03-SEGUNDA-FEIRA
AS 15:00
CAMPUS TORQUATO NETO/CAIXAS ELETRÔNICOS
 
A situação da UESPI é alarmante, falta desde material básico (pincéis, papel, carteiras, etc) a salas e professores efetivos. No interior essa situação é ainda mais grave, em Picos, por exemplo, o início das aulas está ameaçado por não ter salas suficientes. Essa situação se dá pois a UESPI não possui autonomia financeira, ou seja, sofre com a falta de verbas e com a impossibilidade de decidir como aplicar os seus  recursos.
Por conta disso a UESPI já teve mais de 20 cursos que não foram reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação do Piauí. Para mudar essa realidade, estudantes, técnicos e professores iniciaram desde o dia 20 de Setembro (2010) a Campanha SOS UESPI para chamar a atenção da sociedade. A campanha já organizou aulas públicas, audiência junto ao Ministério Público e debates. Além da ANEL, participam dessa campanha: ADCESP (Sindicato dos Docentes da UESPI), CA de Comunicação Social, CA de Direito, CAs de História (Torquato Neto e Clóvis Moura), Coletivo ENECOS-PI, Coletivo Movimento dos Estudantes da UESPI (MEU), CORAJE (Corpo de Assessoria Jurídica Estudantil), Núcleo de Educação e Movimentos Sociais da UESPI e o DCE do Campus de Picos.
Nem o Governador Wilson Martins (PSB), nem o Reitor Carlos Alberto (PT) e muito menos o Secretário de Educação Átila Lira (dono de várias Faculdades) estão preocupados com a UESPI, pois não tomam medidas concretas para solucionar os graves problemas. Ao invés de contratarem mais professores efetivos, por exemplo, farão concurso para temporários que não possuem direitos e não podem orientar estudantes em projetos de pesquisa.
No dia 17/03 os professores aprovaram em Assembleia Geral uma paralisação por quatro dias por melhores condições de trabalho. A ANEL apóia a luta dos professores e técnicos e faz um chamado para que os estudantes e suas entidades na UESPI se mobilizem e reivindiquem melhorias junto aos trabalhadores. Queremos uma universidade que garanta o direito a ensino, pesquisa e extensão de qualidade e a permanência dos estudantes com assistência estudantil (bolsas, restaurantes, residências, creches...).
Exigimos:
- Mais verbas para a UESPI já! Fim dos incentivos fiscais às Faculdades do Sec. de Educação Átila Lira e demais tubarões do ensino no Piauí!
- Melhores condições de trabalho para professores e técnicos da UESPI! Concurso público para efetivos desses setores já!
- Entrega imediata da Biblioteca do Campus Torquato Neto e construção de novas unidades, devidamente equipadas, nos demais Campus já!
- Restaurantes universitários com preço de bandejão acessível e subsidiado; Isenção de cobrança para estudantes com pais de baixa renda;
- Laboratórios funcionando com equipamentos e com apoio técnico especializado (servidores efetivos)
- Salas de aulas com climatização agradável
- Moradias Universitárias;
- Mais e melhores bolsas-trabalho
- Creches para os filho(a)s de estudantes e trabalhadore(a)s da UESPI;
- Eleições diretas para Reitor, com voto universal;
- Paridade na composição dos órgãos colegiados e escolha democrática dos representantes;
- Participação nas discussões sobre o processo de elaboração e implementação do orçamento;
- Prestação de contas sobre atos administrativos e financeiros em linguagem clara e acessível;

sexta-feira, 18 de março de 2011

ANEL em solidariedade ao povo do Japão!





Os estudantes brasileiros estão acompanhando com pesar as notícias do terrível desastre no Japão. E, como é de praxe, o governo japonês, penaliza os trabalhadores para recompor o país. Reproduzimos abaixo um informe que nos chegou desde aquele país, vindo dos companheiros do Doro-Chiba, uma organização sindical japonesa que vem mantendo relações com a ANEL e a CSP-CONLUTAS.

Tradução: ANEL


14 de março de 2011
Doro-Chiba

  • Organizemos atividades de alívio para as áreas afetadas pela unidade e solidariedade dos trabalhadores!
  • Parem todas as plantas nucleares imediatamente!
  • Nenhuma demissão sob o pretexto do terremoto!

Vamos lutar para viver!


O enorme terremoto em 11 de março trouxe um desastre de larga escala ao nordeste do Japão e o resto de toda a área do leste do Japão. Ainda não temos todo o quadro do que ocorreu e do que realmente está acontecendo: quantas vidas foram perdidas, quantas pessoas estão procurando resgate, etc. Neste exato momento, muitas vidas estão sendo perdidas. Poucos abrigos foram providenciados com água, comida, eletricidade ou tratamento médico. Mais ainda, as plantas nucleares de Fukushima estão saindo do controle por conta da falha fatal dos sistemas de resfriamento e precipitando à catástrofe após duas explosões das instalações nucleares.
O plano de resgate do governo faliu. Organizemos ações de auxílio às pessoas e áreas afetadas pela unidade e solidariedade dos trabalhadores.
Obviamente, o enorme terremoto no leste do Japão e o conseqüente tsunami estavam além de qualquer antecipação. É evidente, no entanto, que não foram tomadas medidas suficientes para enfrentar o terremoto mesmo já tendo sido advertido que um grande terremoto poderia ocorrer em 10 dias com 99% de certeza. A realidade é que a agenda neoliberal fez prevalecer o princípio da “competição e auto-responsabilidade” sobre o sacrifício das comunidades locais e as vidas dos trabalhadores. Governos locais estavam em dificuldades financeiras críticas e em uma situação longe de estarem preparados para o possível terremoto. A expansão do desastre do terremoto é um resultado inevitável disso.
O que está havendo agora em Fukushima é um exemplo típico de bancarrota das comunidades locais. Habitantes da área de um raio de 20 kilometros da usina nuclear estão sendo removidos para fora de suas casas, que já haviam escapado por pouco do terremoto, no frio e sob o céu do inverno. Muitas pessoas estão contaminadas pelas explosões das instalações nucleares. Essas plantas foram construídas nos “ninhos de terremoto” pelo governo e pelas corporações de energia elétrica, que insistiam que as usinas eram absolutamente seguras e ofereciam energia limpa. Isso se provou uma mentira flagrante. A planta nuclear significava aos capitalistas um instrumento milagroso de trazer lucros enormes e para o governo uma ferramenta vital para o armamento nuclear. O desastre expôs da pior forma possível o que essas políticas realmente significavam.
É relatado que as tropas das Forças de Auto-Defesa irão pôr sob seu controle as principais rodovias que seguem rumo às regiões afetadas. O trabalho de resgaste de um grande número de pessoas ansiosas com a situação dos habitantes afetados estão bloqueadas pelas FAD em nome de “proteger as rotas de resgate”. Mesmo a distribuição física mínima está parada: três dias após o terremoto, alimentos desapareceram dos supermercados não somente nas regiões afetadas mas também na área metropolitana de Tokyo. Enquanto as FAD dominam tudo, o resgate, o transporte e a distribuição de bens de resgate encontram problemas. Surpreendentemente, o porta-aviões nuclear americano Ronald Reagan chegou a um porto local, juntando-se às áreas afetadas. Mesmo em face à realidade, em que dezenas de milhares de pessoas seguem soterradas em destroços ou esperando regaste ilhadas, a segurança pública é a agenda prioritária para o governo e a classe dominante. Há uma tentativa em curso de estabelecer um sistema de mobilização de guerra sob o slogan “unidade nacional para superar a crise nacional”.
É evidente que toda informação essencial, em particular sobre o acidente nuclear, é manipulada e os fatos são cuidadosamente ocultados. Mesmo as violentas explosões das unidades 1 e 3 da usina nuclear de Fukushima Daiichi são descritas como um problema não tão sério e nós não somos em nada informados de como realmente está evoluindo o problema no local do acidente, ao passo que um amplo volume de material radioativo está vazando dos reatores e seu derretimento é iminente.
Neste momento crítico, quando todos os esforços deveriam ser feitos para prevenir o derretimento do reator, a única preocupação do governo e da TEPCO (Companhia de Energia Elétrica de Tokyo) é como manter sua política de promover a energia nuclear.
Todas as forças políticas, o Partido Democrata da administração Kan, o Partido Democrático Liberal, o Partido Komei, e outros, estão se juntando em uma “política de trégua” frente ao enorme terremoto e apresentando medidas de resgate, incluindo a “taxa de caminhada para a restauração”, “revisão do orçamento pelo corte do subsídio de assistência infantil”, “fundo para corporações prejudicadas”, “fundo para apoio à restauração”, etc. O objetivo é recompor a presente crise social via a superexploração e a pilhagem dos trabalhadores, tirando vantagem da horrível situação das pessoas e regiões atingidas.
A necessidade urgente dos trabalhadores, agricultores, pescadores e pequenos negociantes, que perderam tudo com o terremoto e o tsunami, não é ajuda financeira, mas lugar para morar, meios de sobrevivência, tratamento médico incondicionalmente gratuito, etc. Deve-se abolir não a assistência infantil, mas o orçamento de defesa.
Em toda a área do leste do Japão, muitos trabalhadores já perderam seus empregos. Mesmo na prefeitura de Chiba, a 500 km do centro sísmico, a região da baía está afetada pela liquefação: ruas e prédios estão seriamente danificados. Incêndios de larga escala estão acontecendo no complexo industrial. Quase metade do território japonês está sofrendo danos severos e a economia japonesa está atingida pela devastação. O resultado é uma ofensiva contra os trabalhadores; demissão massiva sob o pretexto do terremoto e o desemprego em alta escala. O enorme terremoto do leste do Japão terá o efeito de uma mudança completa da sociedade japonesa.
A situação dos trabalhadores havia acabado de chegar a um ponto crítico quando veio o terremoto. Experimentamos no ano passado a tempestade violenta das demissões em massa: demissões pela privatização da Agência de Seguridade Social, demissões pela JAL, demissão de milhares de trabalhadores irregulares pela JP (Correios do Japão), etc. Um número grande de trabalhadores foram levados à informalidade e à pobreza. Enquanto o sistema de seguridade social era considerado desmantelado, foi ficando mais e mais difícil para a classe trabalhadora sobreviver. Justo nesse momento, o enorme terremoto irrompeu, dando um golpe fatal àquelas pessoas que já estavam no limite da existência.
As classes dominantes de todo o mundo estão assustadas em testemunhar uma situação crítica, em que o colapso da economia está se espalhando do Japão à outros países em meio à crise econômica global e enquanto a explosão de vozes raivosas da classe trabalhadora, inflamadas por esses fenômenos, está agitando o mundo inteiro.
Nós já iniciamos a campanha nacional da luta dos ferroviários para combater a ofensiva neoliberal. Esse movimento proclama um grande desafio pela revitalização do movimento operário através da mobilização das vozes raivosas e da organização de poderosas ações. Agora é o preciso momento de promover este esforço com todo o vigor.

Lutemos para viver:
  • Organizar com toda nossa força ações de auxílio pela unidade e solidariedade com as áreas e pessoas atingidas!
  • Exigimos suficiente e imediata oferta de moradia, alimentos e tratamento médico irrestrito para as pessoas atingidas!
  • Parem imediatamente todas as plantas nucleares!
  • Parem as demissões sob o pretexto do terremto!
  • Vamos dar um golpe decisivo e final no neoliberalismo!
  • Abaixo a administração Kan!
  • Sindicatos devem estar na linha de frente da luta!

ANEL diz: Obama, GO HOME!

E a UNE? Vai ficar calada?



ANEL diz: Obama GO HOME!





O próximo fim de semana será marcado pela visita ao Brasil do presidente dos EUA, Barack Obama. O chefe mundial do imperialismo, que em sua campanha eleitoral criticava as guerras de Bush, hoje mantém as tropas no Iraque e Afeganistão, e, hoje, ameaça intervir militarmente na Líbia.

De olho no petróleo brasileiro, Obama desembarcará em terras brasileiras na manhã de sábado e, lamentavelmente, será recebido com toda a pompa pela presidente Dilma Roussef. Como expressão da dominação de nosso país pelo imperialismo e da cumplicidade do governo com essa situação, Dilma oferecerá até mesmo um palanque para que Obama discurse aos trabalhadores brasileiros.

Talvez por isso mesmo, o que vimos da UNE até aqui é o mais completo silêncio. Nenhum estudante de nosso país sabe o que a UNE tem a declarar sobre a recepção de gala que o governo está preparando para o representante mais ilustre do imperialismo.

Desde já, a ANEL está envolvida na articulação de um amplo espectro de entidades que estão organizando duas importantes manifestações que pretendem afirmar a luta dos trabalhadores e estudantes brasileiros por soberania para nosso país. Abaixo, reproduzimos o relatório da primeira reunião de preparação dos atos.

Convocamos os estudantes brasileiros a dizerem junto com a ANEL: Obama go home. E apesar de todas as nossas diferenças, achamos que seria importantíssimo que a UNE fizesse o mesmo. Por isso, chamamos a UNE a rever sua inércia e ingressar nessa mobilização.



Informe da CSP-CONLUTAS:


A CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) realizou reunião ampliada e aberta de sua executiva onde além da presença de entidades, movimentos e oposições filiados, contou com a presença de ativistas, dirigentes e outros movimentos, conforme lista ao final.Por unanimidade a reunião decidiu pela realização de dois atos de protesto, (Sexta-feira - concentração às 16h na Candelária e Domingo) contra a presença do chefe do Império do Norte, o presidente dos EUA Barack Obama, de acordo aos eixos elencados a seguir para a realização de uma plenária unitária.

A reunião definiu, também por unanimidade, construir unitariamente uma plenária de mobilização (quarta-feira, 16/03, às 18h, na sede do Sindipetro-RJ Av. Passos, 34), para tentar a ampliação dos referidos atos, com todas as entidades, movimentos, oposições ativistas, e partidos que estejam de acordo com os seguintes eixos políticos e palavras de ordem para realização dos atos e da plenária. O PRESIDENTE É NEGRO, MAS A CASA É BRANCA!·

Denunciar que o governo Dilma pretende assinar com o governo de Barack Obama acordos para uma maior entrega do petróleo brasileiro em especial do Pré-Sal.·

Denunciar que o governo Dilma e o governo Obama pretendem assinar um TECA (Tratado de Cooperação Econômica e Comercial) retomando assim a derrotada política da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas).·

Denunciar que o governo brasileiro dirige a ocupação militar do Haiti, fazendo o papel sujo para os EUA.·

Explicar que Obama pretende buscar fôlego político para intervir militarmente contra a Revolução Árabe no Oriente Médio, especialmente na Líbia.

Nem Obama nem Kadafi, viva a Revolução na Líbia.

Viva a revolução árabe, fora as tropas imperialistas do Iraque e Afeganistão.

Fora as tropas brasileiras, norte americanas e a Minustah do Haiti.

Liberdade imediata para Múmia Abul Jamal.

Não aos acordos comerciais com os EUA que entregam as riquezas nacionais e escancaram o país para o saque imperialista.

Não ao Plano Colômbia.

O Petróleo tem que ser nosso, não à entrega do Pré-Sal.


Presentes à reunião ampliada e aberta da Executiva das CSP-Conlutas:
ADUR-RJ

ANDES.SN(Reg.RJ)

ANEL – Assembléia Nacional dos Estudantes Livre

ANP (Agencia de Notícias Petroleira)

AQUALTUNECEDINE/Étnicas Raízes

DCE – UFRJ

Executiva Estadual da CSP-Conlutas

Jubileu Sul

MML – Movimento Mulheres em Luta

MNU – RJ

Moner

Movimento Nacional QUILOMBO RAÇA e CLASSE

MTL – Movimento Terra Trabalho e Liberdade

Oposição de Correios RJ

PSOL

PSTU

SEPE – RJ

Sind. Comerciários N. Iguaçu e Região

Sindpfaetec

Sindipetro RJ

Sindsprev – RJ

Sinsafispro

ANEL em apoio à Revolução Árabe!


LÍBIA
ANEL está com os trabalhadores pela queda de Kadhafi e
contra a intervenção militar do imperialimo!

Frente à comovente onda revolucionária que sacode a Líbia, a Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre declara sua irrestrita solidariedade com a luta dos trabalhadores e jovens daquele país.

A verdadeira guerra civil a que estamos assistindo é parte inequívoca do exuberante processo que atinge o mundo árabe em seu conjunto. Depois de Ben Ali, na Tunísia, e Mubarak, no Egito, a ditadura em xeque neste momento é de Muammar Kadhafi. Nos conflitos de rua em diversas cidades líbias, o que vemos é a luta justa por conquistas democráticas e por melhores condições de vida. É isso que leva a ANEL a se identificar e tomar lado junto aos milhões que estão nas ruas protestando.

A resposta de Kadhafi a esse amplo movimento de massas é tão sangrenta quanto seus longos anos de um poder baseado na repressão violenta para controlar a população, ao passo em que entregava as riquezas do país às multinacionais.

Diante do conflito, o imperialismo, em particular o governo Obama, que mantém há anos excelentes relações com Kadhafi, se declara indignado com a matança promovida por seu aparato repressivo e por milhares de mercenários. Os estudantes brasileiros, no entanto, não esquecerão a cumplicidade de governos do mundo inteiro e dos organismos internacionais com a brutalidade da ditadura daquele país.

O que está em jogo, portanto, na possibilidade de uma intervenção militar comandada pelos EUA não são os “direitos humanos” ou “paz”, mas tão somente a necessidade de estabilizar a situação do país para manter intacta a exploração do petróleo na região. No momento em que a economia mundial já dá sinais da fragilidade da recuperação de sua crise, é inadmissível ao imperialismo perder sua condição privilegiada de explorar os recursos dos países pobres.

Por tudo isso, a ANEL rechaça a intervenção militar do imperialismo, ao mesmo tempo em que convida os estudantes brasileiros a colocarem seus corações nas ruas da Líbia, na luta com os trabalhadores pela queda de Kadhafi.

Com a expectativa de que a luta se estenda até o fim do regime e garanta empregos e melhores condições de vida, saudamos uma vez mais a revolução árabe e líbia!

sábado, 5 de março de 2011

Pior do que está fica.

Que o parlamento de nosso país é degenerado, todo mundo sabe. Mas - veja só - uma piada pronta: Tiririca (PR) vai integrar a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados! Não bastou o corte de orçamento para o ensino (1,3 bilhão): era preciso colocar "um homem gabaritado, uma pessoa alegre e um bom interlocutor junto à sociedade", como disse o líder de seu partido.

Diante disso, Maurício Ricardo fez esta ótima charge: veja.

Vamos combinar: com Tiririca ou sem, o que muda é a luta!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Convocatória da 4° assembleia nacional da ANEL

26 e 27 de março
UFPA - Belém/Pará


Rumo ao 1º Congresso Nacional da ANEL!


Foi no Congresso Nacional dos Estudantes, no dia 14 de Junho de 2009, que foi dado ao conjunto do movimento estudantil brasileiro o desafio de desenvolver uma nova entidade que respondesse a altura os novos desafios colocados ao movimento estudantil e resgatasse os antigos anseios da juventude brasileira: construir uma educação pública de qualidade e um país mais justo. Assim, nasce a Assembléia Nacional de Estudantes – Livre!, uma entidade que reúne estudantes de todo Brasil, que fazem parte de centros acadêmicos, grêmios, DCEs e Executivas de Curso, ou que simplesmente acreditam, de alguma forma, em um jeito diferente de fazer movimento estudantil. Quase dois anos se passaram e temos muito a que nos orgulhar de nossa entidade, mas também ainda enormes desafios pela frente.

No Brasil, o ano de 2011 mal começou e apesar do suposto crescimento econômico que vive nosso país, a realidade da juventude e do povo brasileiro ainda segue sendo bastante difícil. No início desse ano as tragédias da chuva frente ao descaso dos governos deixaram milhares de mortos e desabrigados. Enquanto isso, vimos o grande absurdo do aumento dos deputados frente ao reajuste do salário mínimo. Em diversas capitais as tarifas de ônibus foram abusivamente aumentadas se somando aos demais reajustes como o do preço dos alimentos que já atinge a marca dos 16%. Além disso, já foi anunciado o corte de 50 bilhões no orçamento federal contabilizando o corte de 1,3 bilhão na pasta da Educação.

Mas é diante dessa realidade que de Norte a Sul do país vão se contabilizando mobilizações contra o aumento das tarifas, envolvendo estudantes universitários e secundaristas, onde a ANEL participado com força exigindo ao governo Dilma a Lei Federal do Passe Livre Nacional. Em cada universidade e escola, ampliam-se cada vez mais os problemas específicos, que tendem a se agravar com o atual corte de verbas. A expansão em curso acarreta numa série de problemas de assistência estudantil, onde faltam bolsas, bandejão, alojamento, creches universitárias, etc. Os problemas estruturais, já graves, tendem a piorar com as obras em curso que não tem verbas suficientes pra se finalizar. A falta de professores coloca estudantes cada vez mais sem disciplinas, ou acabam gerando salas de aula super-lotadas ou a precarização do trabalho do professor. E o governo Dilma ainda anunciou recentemente o cancelamento dos Concursos Públicos que se realizariam esse ano. Somado a tudo isso, no cenário internacional, as revoluções tomam o mundo árabe com o protagonismo da juventude trabalhadora e começa a retomada das mobilizações na Europa, renascendo o debate de construção de alternativas na sociedade.

É nesse quadro que a ANEL tem colocado toda disposição de mobilizar a juventude brasileira utilizando também de seus fóruns para debater todos esses temas. Foi assim que no inicio do ano realizamos nosso 1° Seminário de Educação e realizaremos o 1° Congresso Nacional da ANEL. Nosso 1° Congresso toma importância no marco da consolidação da entidade como alternativa no movimento estudantil brasileiro e também como forma de responder a todos esses desafios colocados.

Como parte da largada para a construção do 1° Congresso da ANEL, no final de semana dos dias 26 e 27 de março, realizaremos a IV Assembléia Nacional da ANEL na Universidade Federal do Pará (Belém - PA). A Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre! convida todas as entidades e ativistas do movimento estudantil brasileiro a estarem presentes na IV Assembléia Nacional da ANEL, que será um importante espaço para debater e organizar as tarefas colocadas ao movimento estudantil em 2011 e avançar nas definições do 1° Congresso de nossa entidade.

PARTICIPE!

Segue abaixo os tópicos de organização da ANEL:

1 - A Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre se reunirá de dois em dois meses, podendo realizar reuniões extraordinárias.

2 – A data e local da próxima reunião serão definidas ao término da reunião onde deverá ser aprovada também uma proposta de pauta que ficará em aberto para adendos durante o período de um mês. As pautas da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre serão divulgadas 1 mês antes de suas reuniões.

3 - Todos os estudantes podem participar com direito a voz na Assembléia Nacional.

4 - Terão direito a voto na Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre os delegados eleitos para representação das entidades, escolas e cursos na seguinte proporção:

a) Delegados de entidades gerais (DCEs, Federações e Executivas de Curso e Associações Municipais e Estaduais de Estudantes Secundaristas) : 3 delegados para entidades que representam mais que 5 mil estudantes e 2 delegados para entidades que representam menos que 5 mil estudantes;

b) Delegados de entidades de base (CAs, DAs e grêmios): 2 delegados.

c) Delegados de coletivos e oposições: 1 delegado com a condição que a oposição ou coletivo tenha participado de uma eleição e tenha obtido no mínimo 10% dos votos;

5 – Todas as entidades deverão realizar reuniões onde se discuta a pauta da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre e se elejam os delegados a participar da reunião. A eleição dos delegados poderá ocorrer através de assembléias, conselho de alunos representantes de turma (no caso de escolas de ensino médio), reunião de diretoria, reunião de diretoria aberta ou conselho de entidades de base, cabendo a entidade definir a forma de eleição.

6 – Para operacionalizar os trabalhos da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre será criada uma Comissão Executiva aberta à participação de todas as entidades que se propuserem na reunião da ANEL. A Comissão Executiva Aberta se reunirá quinzenalmente, sendo suas reuniões divulgadas na Internet. Não havendo possibilidade de uma reunião presencial, realizará suas reuniões através da Internet.

7 – A Comissão Executiva Aberta compete:

a) Executar as resoluções da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre;

b) Auxiliar as entidades da sede da próxima reunião da Assembléia Nacional a convocar e sediar a reunião;

c) Responder a acontecimentos emergenciais de acordo com as posições definidas pela Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre;

8 – Criação de um site e jornal semestral da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre para divulgar suas campanhas e lutas do movimento estudantil. As entidades que participam ou constroem a Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre deverão se comprometer com cotas mensais ou semestrais para financiar as atividades da Assembléia, com o objetivo de fazer valer o princípio da independência financeira do movimento estudantil.

9 - As entidades que constroem ou participam da ANEL deverão convocar Assembléias Estaduais ou Municipais da ANEL que funcionarão de acordo com os mesmos critérios das Assembléias Nacionais e poderão ocorrer antes ou depois das reuniões nacionais, ou de acordo com a dinâmica das lutas em cada estado.

10 – A ANEL realizará de dois em dois anos, o Congresso Nacional dos Estudantes, fórum máximo da ANEL. Por decisão da ANEL poderá se convocar um Congresso Nacional dos Estudantes extraordinário entre o intervalo de um Congresso e outro.